![]()
MÃOS DE LAVADEIRA
Abençoadas mãos rústicas de calos
Que procuram nas roupas a sujeira E nelas deixam marcas de canseira Entoando canções em seus embalos. E o contato das mãos provoca estalos Sobem, desc'em desfile à esfregadeira Ensaboam, repassam e, na eira, Penduram numa cerca risos ralos. Mãos que estendem famílias no varal, Mãos que guardam segredos sem igual, Mãos humildes de povo sofredor. E vão lutando contra a sina assim Passando a vida e vão sonhando enfim Com a ventura de embalar o amor. Do livro Pétalas de Amor - 1990 - pág. 25 (Revisado)
Ileides Muller
Enviado por Ileides Muller em 13/09/2008
Alterado em 13/09/2008 Comentários
|