AMANHECER
A curva do monte ondeia o olhar à procura do sol. No vale, passarinhos matinais chegam faceiros fazendo ocupação. Uns vêm e ficam outros vão... No vão das pedras hortênsias e jasmins são verbos florais. Devagarzinho... uma casa amanhece. Abre os olhos olha para o lado e pisca para o lago [espelho macio que a observa]. Sobre as águas que tremem de frio, patinhos nada temem na saia da mãe. Ensaiam estilo de crescer. Assim o dia começa, todos os dias. A densa rotina condensa retinas... E a cor da poesia acorda com força a vida que pulsa em cada amanhecer. (Do livro: CATADOR DE INVISÍVEL - pág. 27) Ileides Muller
Enviado por Ileides Muller em 11/10/2018
Alterado em 11/10/2018 |