OLHAR APRENDIZ
A construção da nossa casa
começou pela raiz. Depois ganhou corpo boca, olhos vestido e chapéu. Pegou aparência adquiriu estatura ficou bonita. Dentro dela eu podia crescer à vontade! À noite, o silêncio entrava e a gente o levava para dormir. De manhã, o primeiro barulho acordava os passarinhos. O sol aproveitava e entrava faceiro. O vento assobiava não sei para quem e entrava também. Eu, pequenina, subia numa cadeira e espiava o mundo lá fora que cabia inteiro na moldura da janela e no meu olhar aprendiz. Do livro "Catador de Invisível", p. 110
(Imagem: Internet) [ Ileides Muller
Enviado por Ileides Muller em 23/01/2019
Alterado em 23/01/2019 |