ZAQUEU
Sentia-se indigno de merecer atenção. Queria só vê-lo de perto. Não o tocaria nada lhe diria apenas olhá-lo queria. Misturou-se à multidão para ver o Mestre passar - era tudo o que desejava -, mas lhe faltava estatura. Correu adiante de todos e, à beira do caminho, em uma árvore frondosa subiu feito um menino. Queria ser invisível! Escondeu-se na ramagem encolheu-se na quietude, mas um olhar o tocou e uma voz o alcançou: “Zaqueu, desce depressa, preciso ir à tua casa”. Coração em brasa... Sentiu que tinha valor. Obedeceu, sem olhar para trás, e a vida, cheia de desvios, encontrou o caminho a esperança e a paz. Do livro TERRA SANTA - Um passeio poético - p. 33 Ileides Muller
Enviado por Ileides Muller em 07/08/2019
Alterado em 07/08/2019 |